segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dicas para época de crise

Minha dica é não leia dicas de como enfrentar épocas de crise. Graças a Deus e ao Instituto Universal Brasileiro, você não é o único que sabe ler. E isso significa que você espertinho e todo os leitores da Vejinha vão fazer as mesmas coisas para tentar não afundar. E quando todo mundo vai pro mesmo lado do barco, não precisa ser nenhum gênio para saber o que acontece. Um grande economista dizia que quando o cabelereiro dele entre uma tesourada e outra falava em comprar ações, ele rapidamente vendia tudo. Lógico. Nada pode ser bom negócio para todo mundo. Infelizmente a vida é assim, para que uns ganhem, outros perdem. Não sou nenhuma Joelmir Betting, estou longe ter papadas e cabelos brancos, mas se eu puder lhe dar uma dica, meu conselho é esse. Segura a peruca, pára de comprar amendoim em quinze vezes, aperta o cintinho e vai levando a vida. Que tevê de plasma da casas Bahia o que...viva a crise e a redescoberta dos prazeres frugais. O break no crédito, vai desapertar o nó dessa sua gravata Gucci. Outra coisa boa é aproveitar essa maré para inventar umas desculpas bem toscas e finalmente fazer o que você está afim. Desculpe, não vou sair de casa, tenho que economizar saliva. Eu penso que se tudo der errado, vou vender trufa no trabalho. Se não tiver mais trabalho, vendo duende de durepox em Ilhabela. Não é possível que a gente só tenha imaginação nesse país quando o assunto é dar golpe. Bem, é isso. Até amanhã, se este blog não estiver em crise.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Such a perfect day

Um dia ruim não merece muita atenção. Só uma ou duas linhas que guardam entre elas um pequeno desabafo, um centímetro e meio de vazio, um medo de não sei o que, um pressentimento estranho. Um dia ruim é pequeno, medíocre, tem gosto de coisa crua, é supersticioso, é um pé na poça, a meia molhada, uma pipoca queimada , trânsito na chuva, um espremedor de alho dentro do peito. Um dia ruim não mereceria nem um post, mas vamos ser generosos, quem sabe assim ele não fica bonzinho?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Essa?

Essa?

Ou essa?

Eu não tenho idade para isso, minha filha

Hoje eu estava de bobeira e ao não fazer nada, pensei na minha aposentadoria. Não que eu ache que ser aposentado é não fazer nada, muito pelo contrário. A minha avó, por exemplo, tem tido uma vida bem mais agitada que a minha. Talvez seja um pouco cedo pensar nisso na flor dos meus dezoito anos, mas por que não? Todo mundo quer ser alguma coisa quando crescer, mas quando o assunto é aposentadoria, a imaginação da maioria das pessoas pára no plano de previdência. Que coisa mais triste, não? Eu não estou juntando dinheiro ainda, mas já tenho uma lista das coisas que eu quero fazer quando chegar aos oitenta. Cursos mil, artes, fotografia, quero beber um uiscão ao meio-dia e tirar uma soneca depois do almoço. Muita gente tem uma visão pessimista da velhice ou então uma visão mitificada. Lógico que o seu corpo não vai estar perfeito (se é que um dia ele esteve, não é mesmo?) e é bem provável que você não seja assiiim tão sábio, que você continue inseguro em relação a algumas coisas. Mas e daí? Porque toda velhinha é necessariamente boazinha? Por que as pessoas ao envelhecer ganham rótulos que elas jamais pediram? O fato de ter rugas não exclui ninguém da possibilidade de ser um genuíno filha da puta. Vide um político baiano cujo nome era composto por três iniciais. Pensando no meu ideal de velhice, cheguei à conclusão de que não serei a Jane Fonda. Não quero ser uma velhinha sarada, quero ser tarada. Isso mesmo. Ficar assobiando pros minino na rua, sair com as amigas e ficar mexendo com o garçom. E em meio aos rótulos, vou aproveitar a fama dos velhinhos azedos, para falar tudo que que me vier à cabeça. E as pessoas vão dizer: deixa ela, tá gagá. Gagá não meu filho, tô bem viva e com tesão. É isso mesmo, te-são. Você já imaginou a sua avó fazendo sexo? Não, claro que não? Pois saiba que as velhinhas fazem sexo siiim. E viva o Viagra. E viva as velhinhas que são lindas, gostosas e têm cheirinho de pó de arroz. É...com o tempo a gente fica melhor mesmo, disso eu não tenho dúvida. Não quero nem pensar em voltar aos quinze. Deus me livre, tanta insegurança, tanta nóia. Quero mais é ficar com batom no dente, porque dei uma tremidinha na hora de passar, jogar baralho e esquecer qual foi a minha última jogada, dançar um cha cha cha agarradinha com meu bofinho de 97. E se me disserem que estou velha demais, eu responderei do alto do meu andador: não tenho idade para isso não, minha filha.

Dá só uma olhada nesse blog de estilo, elas são ou não são lindas?

http://advancedstyle.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

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Fazia muito tempo que eu não passava por aqui. Talvez porque tem tanta coisa acontecendo na vida real, que o universo virtual ficou um pouquinho abandonado.
Peço desculpas a todos os meus leitores (vocês dois são muito importantes para mim). A verdade é que `as vezes essa coisa de virtual dá um pouco de preguiça. Blogueiro (vou ser jurada de morte), viral, fotologue. Só do messenger, dava para fazer um dicionário. Tipo, o cara que está sempre ausente, é o gostosão. Afinal ele não fala com qualquer um. Tem o carente, que está sempre online caso alguém queira falar com ele. Tem aquelas pessoas que pelo nick fazem questão de dizer a todo mundo que estão deprimidas, de tpm, até de luto. Pelo amor, luto virtual não dá. Não é meio carência ter que mostrar a todo mundo o que você está fazendo, sentindo, que o seu nariz tá escorrendo neste exato momento? E os nicks, “ vendo computador” “ vote no fulaninho”. Como se não bastassem os panfletos de pizzaria no pára-brisa do meu carro, agora o messenger se transformou nos classificados? Outra coisa que eu e a torcida do flamengo já notamos, é como a internet é o nosso alter ego. Para dar um exemplo, já reparou como todo mundo é mais bonitinho no Orkut? Lógico, você faz aquela puta make, coloca uma meia-luz ( o velho truque da feinha pra ficar ok) e tira a foto no seu melhor ângulo (muitas vezes o de longe). ( Meu Deus quantos parenteses nesse texto). Voltando, o problema disso tudo é quando a vida real acontece. Como você faz? Anda de ladinho pra que o paquera veja você de um só ângulo? E como todo mundo é amado? Gente, quanto ecstasy esse povo toma. Orkut é como aquelas agendas que a gente tinha quando era adolescente ( tá, eu tinha uma), ao invés de colar selinho e escrever ao lado, o povo vai lá e deixa um scrap: fulana, te amo mais que demais. Todo mundo é dimaisssssssss. Não tem ninguém solitário, com zero popularidade e um scrap do banco itaú com proposta de cartão de crédito ( tá, não dá idéia). O que a gente não realiza na vida real, vai lá e cria no mundo virtual? É isso? Ok, mas e se acabar a luz? Seu avatar vai até a cozinha pegar uma vela para você? Outra coisa que eu ainda não peguei direito é essa coisa de sexo virtual. Eu pelo menos, preciso das duas mãos para digitar. Então como fica o resto? Será que está me falantando um pouco de imaginação? E quando acaba, você faz o que? Deita ao lado do tecladinho e fuma um cigarro? Por falar em sexo, o marido da Sandy algumas horas depois do casamento já estava postando fotos do casamento no blog. Boa notícia para quem gosta da garota: provávelmente ela continua virgem. Não sei, parece que quanto mais virtual, mais plastificada vai ficando a coisa. Eu gosto do real, de gente com remela (gosto ainda mais de quem fala ramela), prefiro cinco minutinhos de conversa do que horas no messenger, odeio aquele rsrsrsrsrs, desde quando isso substitui uma boa risada? Ai, vou me rebelar, chega, to indo tomar uma cerveja. Vou ligar o messenger e perguntar que tá afim.