quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Então, é natal?


Eu não tenho tido tempo para escrever. Mas como também não tenho tido tempo de ir ao banheiro, prometo assim que der uma brecha levo meu laptop para lá e já resolvo as duas coisas ao mesmo tempo. Alguns amigos reclamam de não me encontrar. Pois saiba que nem eu me vejo mais. Quando acordo e olho para o espelho do banheiro, meu reflexo já está na cozinha mandando café fervendo pela goela abaixo. O que me alivia é que sei que eu não sou a única. A falta de tempo é mesmo o mal da nossa época. Eu falo com a minha mãe entre um farol e outro, leio enquanto almoço, trabalho enquanto estou dormindo, namoro no tempo de um café ( expresso). Por isso resolvi escrever essa carta de desabafo a você, Papai Noel. Desculpe a sinceridade, mas não dá para largar a coxa de frango, subir no trenó e acelerar esse processo natalino? Tô com pressa de final-de-ano. Tô com vontade de um pouco de calma daqueles dois dias em que o mundo inteiro pára para cortar o peru, se embebedar com a família, esquecer do trabalho, procurar os presentes debaixo da árvore, ou no meu caso procurar a árvore, já que a minha família nunca foi muito ligada nesse lance de tradição. Quero que cheguem logo aqueles dois dias onde todo mundo já parou de se esmagar no shopping para comprar presente, o panetone já está na dispensa, o trânsito está mais tranquilo e a minha avó já está fazendo bobe no cabelo. Eu juro Papai Noel, se você adiantar o natal, eu aguento qualquer coisa: revejo pela quadragésima primeira vez todos os filmes do Didi, a Xuxa vestida de princesa, a missa do Galo. Não precisa nem trazer presente, só um pouco de sossego já tá bom demais. Por falar em presentes, vou aproveitar para tirar uma dúvida que eu tenho desde os cinco anos: como você faz para chegar a tempo na minha casa, com tanto pacote para entregar pelo mundo? Se por acaso minha teoria de que você controla o tempo for confrimada, me empresta o seu relógio?

Tão pequenos


Detalhes dessa vida: a diferença entre tudo indo e tudo lindo é apenas um L.