terça-feira, 9 de setembro de 2008
Fita amarela
Entre o 1234 e o 1236 da Avenida Doutor Arnaldo a moradora de rua tomava seu café da manha. Com o olhar perdido entre a fumaça preta dos carros, ela segurava um copinho de café morno do dia anterior. Os pés descalços, a roupa rasgada, a cara encardida e um detalhe singular: uma fita de cetim amarelo presa no cabelo. Por culpa da cachaça ela havia perdido tudo. A casa, o marido, o emprego, até mesmo o juizo. Mas a vaidade nao, isso nunca.
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