segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Domingo de manhã

Eu adoro os domingos de manhã. Eles não tem pressa de virar domingo a tarde. O domingo de manhã acontece devagar e se espreguiça até as três, três e meia, três e quarenta e cinco, quatro. Domingo de manhã tem cheiro de café forte, de jornal novo, de pijama, de jazz. No domingo de manhã o mundo pára, porque nao há nada a ser feito, nem resolvido, tudo já aconteceu no resto da semana. O domingo de manhã é morno, como a coberta que jajá vai ser trocada pelo chuveiro. Domingo de manhã é um livro, uma idéia, uma lembrança. Uma frase de um romance que totalmente por acaso cai no meu colo e faz todo sentido: “tantas pessoas entram e saem da vida da gente. Centenas de milhares de pessoas. Você precisa manter a porta aberta para que elas entrem. Mas isso significa que você precisa deixá-las sair.” Domingo de manhã é sabio.

Um comentário:

Fernando Pieratti Bueno disse...

Quero mais domingos assim. Não há nada que sustente um domingo contaminado pela apresentação que se deve terminar para o dia seguinte, pois no anterior - sábado, no caso - toda poesia que se anunciava foi desmantelada pela ligação de um diretor de contas... Malditos diretores de contas...