sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Saudade

Faz dois anos que você foi. Não vou mentir, a dor passou, mas a saudade...essa não sei se vai ter jeito. Porque é assim, andando na rua, quando bate uma brisa, que ela aparece. E assim como o vento, eu não consigo controlar. Gela o peito e me faz lembrar como eu sinto saudades do seu olho que lacrimejava, de como você sempre esquecia o meu aniversário, mas me mandava cartas nem que estivesse no topo do Himalaia, como você já fez. Eu tenho muito medo de te esquecer, de não lembrar dos detalhes, de deixar a vida me atropelar e levar embora as minhas lembranças. E ao mesmo tempo, sem precisar pedir elas voltam, me tomam no meio do trabalho, como se você estivesse do meu lado se apoiando no meu ombro. Queria sonhar com você, saber para onde você foi. Em qual nuvem, em qual canto desse universo daria para gente se encontrar? Só por alguns instantes, pelo tempo de um abraço, nada mais. Eu juro.