quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Engraçadijo, pero no mucho.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Notícia
- Eu tenho uma notícia meio chata pra te dar. Eu sei que eu não tô completamente curado e tal, mas eu não vou mais poder vir…queria agradecer, porque putz, você me ajudou a superar vários traumas, foi importante mesmo. Tô bem melhor agora. De verdade. Aquela coisa que eu tinha da minhã mae, lembra? Meio que passou…tipo, tô muito melhor.
Antes de você eu não tava conseguindo fazer quase nada sozinho. Agora é diferente. Você me ajudou mesmo. Impressionante. Seu método... e acho que o fato de falar muito e ter alguém pra ouvir também ajuda.E você tinha toda razão, duas vezes por semana foi bem melhor, mesmo. Enfim, eu sei que você não concorda, mas espero que você entenda…agora que eu tô namorando…sei lá, não dá pra ficar encontrando uma puta, sabe? Óh, tá aqui os cinquentinha de hoje. Qualquer coisa se eu precisar eu te ligo, tá?
Antes de você eu não tava conseguindo fazer quase nada sozinho. Agora é diferente. Você me ajudou mesmo. Impressionante. Seu método... e acho que o fato de falar muito e ter alguém pra ouvir também ajuda.E você tinha toda razão, duas vezes por semana foi bem melhor, mesmo. Enfim, eu sei que você não concorda, mas espero que você entenda…agora que eu tô namorando…sei lá, não dá pra ficar encontrando uma puta, sabe? Óh, tá aqui os cinquentinha de hoje. Qualquer coisa se eu precisar eu te ligo, tá?
Então é natal
Na ânsia de aumentar as vendas de panetones, os comerciantes do mundo todo fizeram uma reunião e decidiram antecipar o natal. Mal sabiam estes homens de terno da Columbo e crachá no peito que essa inocente iniciativa, mudaria para sempre os rumos da sociedade. No primeiro ano ninguém estranhou ao ver as caixas de panetone empilhadas no supermercado. Era primeiro de dezembro. Como o aquecimento global avança o nível do mar, a presença dos panetones antecipava o natal no calendário. Enquanto caixas e caixas se empilhavam nas prateleiras, cidades automaticamente se enchiam de luzinhas, guirlandas e bonecos de papai noel com a expressividade do Tarsício Meira. Como uma peste de gafanhotos, os panetones avançavam a cada ano que passava. Final de novembro, outubro, setembro, julho. Até que um dia em plena Páscoa, as pessoas começaram a pendurar suas guirlandas na porta de casa. O caos no calendário estava instalado. Ao fazer a fila para comprimentar o Papai Noel, crianças encontravam o Coelho da Páscoa sentado no seu colo. Cansados de disputar os comerciais do horário nobre, os dois haviam feito um acordo: dividiriam os lucros, o espaço e a atenção de todos. Uma relação de cumplicidade que com o tempo foi se intensificando, até a gerar alguns comentários maldosos da mídia. Na bagunça das datas comemorativas, espertos enxergaram oportunidades de negócios: surgiam as gurilandas de chocolate, ovos de páscoa com presente dentro. E as pessoas na vontade que as férias de natal chegassem logo, supriam a ansiedade se encheando de chocolate. Donos de academias de ginástica eram os novos-ricos. Para depressão e motivo pelo qual se suicidou o Coelho da páscoa, a fúria do panetone avançou ainda mais e assim o natal foi parar no carnaval. Samba enredos sobre o nascimento de jesus, reis magos desfilando na apoteose. Jãozinho trinta levantou as mãos aos céus e agradeceu. Já não aguentava mais fazer fantasias de índio e Pedro Alvares Cabral.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Vôo
Se eu me der inteira para você, vou ficar sem mim.
Mas sem você eu também não sou mais eu.
Então qual a nossa medida?
Para que eu te complete, sem me fazer falta?
Para ter você por inteiro, sem te desfalcar? As vezes você me carrega, outras sou eu quem te puxo. A gente se aproxima e se afasta, cuidando para que o espaço entre nós nunca se torne um vão. Um equilíbrio delicado que a gente encontra num olhar, no espaço das mãos entrelaçadas. A barriga sente frio e a vida parece passar mais rápido. Assim é o vôo dos trapezistas enamorados.
Mas sem você eu também não sou mais eu.
Então qual a nossa medida?
Para que eu te complete, sem me fazer falta?
Para ter você por inteiro, sem te desfalcar? As vezes você me carrega, outras sou eu quem te puxo. A gente se aproxima e se afasta, cuidando para que o espaço entre nós nunca se torne um vão. Um equilíbrio delicado que a gente encontra num olhar, no espaço das mãos entrelaçadas. A barriga sente frio e a vida parece passar mais rápido. Assim é o vôo dos trapezistas enamorados.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Neuroses capítulo um
- Eu digo uma minha, você diz uma sua. Ok?
- Ok, quem começa?
- Começa você, eu sempre tive medo de ser igual a todo mundo.
- Tá bom. Eu odeio que falem comigo depois do cinema.
Quando acende a luz, eu entro em pânico.
- Eu só escovo os dentes de olhos fechados.
- Eu bebo de propósito só para ter um drama na minha vida.
- Eu tenho medo de balão de festa. Quando estoura eu até choro.
- Para fazer cocô eu tenho que ficar pelado .
- Eu não escuto os outros e fico só esperando a minha vez de falar.
Peraí, você o que? Que história é essa?
- É, para fazer cocô eu tiro tudo, até a aliança… então você me ouviu.
- Ouviu o quê?
- O que eu disse.
- Ouvi.
- Então essa sua neurose de não ouvir está curada.
- Você acha?
- Não sei, tenho mania de médico.
- Ok, quem começa?
- Começa você, eu sempre tive medo de ser igual a todo mundo.
- Tá bom. Eu odeio que falem comigo depois do cinema.
Quando acende a luz, eu entro em pânico.
- Eu só escovo os dentes de olhos fechados.
- Eu bebo de propósito só para ter um drama na minha vida.
- Eu tenho medo de balão de festa. Quando estoura eu até choro.
- Para fazer cocô eu tenho que ficar pelado .
- Eu não escuto os outros e fico só esperando a minha vez de falar.
Peraí, você o que? Que história é essa?
- É, para fazer cocô eu tiro tudo, até a aliança… então você me ouviu.
- Ouviu o quê?
- O que eu disse.
- Ouvi.
- Então essa sua neurose de não ouvir está curada.
- Você acha?
- Não sei, tenho mania de médico.
Assinar:
Postagens (Atom)